Economia

Abastecer no calor faz veículo perder gasolina, diz estudo da PB



Um estudo feito por profissionais da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) mostrou que há perda de gasolina quando veículos são abastecidos em horários em que a temperatura está alta. As análises foram realizadas ao longo dos últimos dois anos. Os pesquisadores fizeram testes de abastecimento em postos localizados na BR-230, de Cabedelo, na Grande João Pessoa, a Cajazeiras, no Sertão.

De acordo com um dos chefes do Grupo de Pesquisa em Energia e Desenvolvimento Sustentável, responsável pelo estudo, Marcelo Grilo, a perda é de quatro mililitros para cada 50 litros abastecidos.

“O valor é pequeno para pessoas que só têm um ou dois carros, mas empresas acabam tendo um prejuízo considerável. Imagine só uma locadora de automóveis, que possui dezenas ou centenas de unidades. Essa é uma questão que deve ser observada, por isso realizamos esse estudo”, explica Grilo, que é professor doutor na UFCG.

A evaporação da gasolina acontece no momento em que o bico da bomba é retirado do tanque do veículo. “A prova que ela é existe é a obrigatoriedade de que frentistas usem máscara. A intenção é justamente evitar a inalação desses vapores”, diz.

Ele acrescenta que uma forma de evitar a perda de gasolina é abastecer os veículos sempre das 19h às 7h, quando o clima costuma ser mais ameno. “Notamos que essa perda acontece quando a temperatura está acima dos 30ºC, o que é muito comum na maior parte das cidades paraibanas durante as manhãs e tardes”, aponta Marcelo Grilo.

Ainda conforme o professor, a perda só acontece quando o combustível comprado é a gasolina. “No etanol, por exemplo, não temos essa perda. Hoje, a gasolina que adquirimos em postos são na realidade uma mistura, 27% de etanol e 73% de gasolina. Na medida em que essa proporção de etanol aumenta, a perda de gasolina é reduzida”, complementa.

Marcelo Grilo esclarece que a temperatura ambiente só exerce influência na quantidade de gasolina armazenada no veículo durante o abastecimento. Uma vez realizado o procedimento, não há perda de gasolina devido às altas no termômetro.

O grupo de pesquisadores do qual Marcelo Grilo faz parte é formado por estudantes e professores de diversas áreas da Engenharia, contando com apoio também de profissionais do campus da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em João Pessoa.



Redação

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