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Internet 5G pode ser lançada ano que vem em alguns países e promete velocidade de download 10 a 20 vezes mais rápida



A quinta geração de internet móvel, 5G, pode ser lançada no ano que vem em alguns países. E promete velocidade de download 10 a 20 vezes mais rápida do que temos hoje. A internet 5 é a próxima geração de rede de internet móvel, que promete velocidade de download e upload de dados mais rápida, cobertura mais ampla e conexões mais estáveis.

Trata-se de utilizar melhor o espectro de rádio e permitir que mais dispositivos acessem a internet móvel ao mesmo tempo. 

“O que quer que façamos agora com nossos smartphones, poderemos fazer mais rápido e melhor”, diz Ian Fogg, da OpenSignal, empresa de análise de dados móveis.

“Pense em óculos para realidade aumentada, realidade virtual móvel, vídeos com qualidade muito superior, a internet das coisas tornando as cidades mais inteligentes, mas o que é realmente empolgante são todos os serviços novos que serão criados e que não podemos prever”, acrescenta.

Imagine uma profusão de drones contribuindo com missões de busca e salvamento, avaliação de incêndios e monitoramento de tráfego, todos se comunicando sem fio uns com os outros e com bases terrestres por meio de redes 5G.

Da mesma maneira, muita gente acredita que a nova tecnologia será crucial para que veículos autônomos “conversem” entre si, leiam mapas e dados de tráfego em tempo real.

Quem joga games no celular deve notar menos atraso – ou latência – ao pressionar um comando e ver o efeito na tela. Os vídeos para dispositivos móveis prometem ser quase instantâneos e sem falhas.

As vídeochamadas, por sua vez, devem se tornar mais claras e menos irregulares, enquanto dispositivos para exercícios poderão ser usados para monitorar sua saúde em tempo real, notificando os médicos assim que houver qualquer emergência.

Há uma série de novas tecnologias que podem ser aplicadas – mas os padrões ainda não foram definidos para todos os protocolos 5G. Faixas de frequência mais altas – de 3,5 GHz (gigahertz) a pelo menos 26 GHz – têm uma capacidade maior, mas como seus comprimentos de onda são menores, significa que seu alcance é mais curto – ou seja, são bloqueados mais facilmente por objetos físicos.

Assim, é provável que surjam módulos de antenas de telefonia menores, próximos ao chão, propagando as chamadas “ondas milimétricas” entre um número bem maior de transmissores e receptores. Isso vai permitir uma cobertura mais ampla.

É muito diferente da 4G,  é uma nova tecnologia de rádio. Mas pode ser que você não note logo de cara a melhora da velocidade, já que o 5G deve ser usado inicialmente pelas operadoras como uma forma de aumentar a capacidade das redes 4G LTE existentes, garantindo um serviço mais consistente aos clientes.

A velocidade que você vai receber dependerá de qual espectro de radiofrequência a operadora vai utilizar e de quanto investirá em novas antenas e transmissores.

Atualmente, as redes móveis 4G mais rápidas oferecem, em média, aproximadamente 45Mbps (megabit por segundo), mas a indústria ainda tem esperança de alcançar 1Gbps (gigabit por segundo = 1.000Mbps). A fabricante de chips Qualcomm acredita que o 5G pode atingir velocidade de navegação e download cerca de 10 a 20 vezes mais rápida.
Imagine poder baixar um filme de alta definição em apenas um minuto.

Isso será possível para redes 5G construídas ao lado de redes 4G LTE existentes. Em contrapartida, as redes 5G independentes, que operam dentro de frequências muito altas (digamos, 30GHz), poderiam chegar facilmente a velocidades de navegação superiores a 1Gbps como padrão. Mas isso só deve acontecer alguns anos depois da implantação.

O mundo está se tornando móvel e consumimos mais dados a cada ano, especialmente à medida que aumenta a popularidade do streaming de vídeo e música. As faixas de frequência existentes estão ficando congestionadas, levando a falhas no serviço, especialmente quando muitas pessoas da mesma região tentam acessar serviços online ao mesmo tempo.

O 5G é muito mais eficiente em lidar simultaneamente com milhares de dispositivos – de celulares a sensores de equipamentos, câmeras de vídeo e iluminação urbana inteligente.

A maioria dos países não deve lançar a tecnologia 5G antes de 2020, mas a Coreia do Sul pretende sair na frente e oferecer o serviço a partir do ano que vem – suas três maiores operadoras concordaram em começar ao mesmo tempo. A China também está correndo para estrear a tecnologia em 2019.

Enquanto isso, autoridades reguladoras de todo o mundo têm realizado leilões de faixas de espectro para empresas de telecomunicações, que estão testando com fabricantes de celulares os novos serviços.

Com a 5G, os usuários precisarão de um telefone novo. Mas quando o 4G foi lançado em 2009/2010, os smartphones compatíveis entraram no mercado antes da infraestrutura ser totalmente implementada, o que levou à frustração de alguns consumidores, que passaram a pagar mais caro por um serviço ainda instável.

Segundo Ian Fogg, os fabricantes de celulares provavelmente não vão cometer o mesmo erro desta vez. Eles devem lançar os aparelhos 5G apenas quando as novas redes estiverem prontas, possivelmente no fim de 2019. Esses novos telefones poderão perfeitamente alternar entre as redes 4G e 5G para oferecer um serviço mais estável.

Não será o fim do telefone fixo. As empresas de telecomunicações investiram muito em fibra ótica e banda larga por linhas fixas para abrir mão delas tão depressa. Os serviços de banda larga domésticos e de escritório serão por muitos anos, sobretudo fixos, embora o chamado acesso fixo sem fio seja disponibilizado em paralelo.

Por mais que a conexão sem fio seja boa, muitos preferem a estabilidade e segurança dos cabos físicos.

Pense na rede 5G móvel como um serviço complementar, para quando estamos por aí, interagindo com o mundo ao nosso redor. Também facilitará a aplicação da tão falada “internet das coisas” (conexão entre o mundo físico e a internet).

A falta de sinal e a baixa velocidade de transmissão de dados em áreas rurais é uma queixa comum no Reino Unido e em muitos outros países. Mas o 5G não vai resolver necessariamente este problema, pois vai operar em bandas de alta frequência – pelo menos no início – que têm muita capacidade, mas cobrem distâncias menores. O 5G será predominantemente um serviço urbano para áreas densamente povoadas.

Bandas de frequência mais baixa (600-800Mhz, geralmente) são mais adequadas para distâncias maiores, então, as operadoras de rede vão se concentrar em melhorar sua cobertura 4G, em paralelo à distribuição 5G.

Mas a realidade comercial significa que, para algumas pessoas que vivem em áreas muito remotas, a conexão ainda será, na melhor das hipóteses, instável, se não houver subsídios do governo que tornem vantajoso para as operadoras chegar a esses lugares.

Fonte: https://goo.gl/ZKuS91



Redação

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